15/04/2024
No sábado, dia 07 de abril, a Associação Irati TEAbraça realizou em Irati a 2ª Caminhada e Blitz voltada para a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“As nossas ações, especificamente nesse mês, o Abril Azul, são de conscientização, de trazer informação para a população sobre o Transtorno do Espectro Autista. O conhecimento, a informação, ela transforma as vidas, diminui esse preconceito e faz com que nossas crianças, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista, sejam realmente incluídas de fato”, avalia a fonoaudióloga Karina Ramilo de Jesus, presidente da Associação Irati TEAbraça e mãe do Heitor, um menino autista de 5 anos.
Gilvana Assis, vice-presidente da Irati TEAbraça e mãe de Maria, uma menina autista de 5 anos, destacou o papel da entidade em aproximar a comunidade e disseminar conhecimentos sobre o autismo. “A associação existe já faz um ano. E o nosso objetivo é trazer a população para perto de nós, que a população entenda mais sobre o autismo”, comenta a vice-presidente.
Durante a blitz informativa, houve a distribuição de panfletos informativos sobre o TEA e conversas sobre o tema, para esclarecer dúvidas das pessoas. A presidente da Associação acredita que a iniciativa pode auxiliar na inclusão. “Não só estar no mesmo meio, mas saber as suas capacidades, as suas limitações, como podem abordar, quais são as adaptações que precisam ser feitas. Esse é um intuito com essa ação especificamente que foi a caminhada e a blitz informativa, com a distribuição de panfletos, que é conscientizar”, destaca Karina.
Suporte às famílias atípicas
Com aproximadamente 50 famílias cadastradas na Associação Irati TEAbraça, um dos objetivos da entidade é a unir forças para buscar a ampliação do acesso a tratamentos de qualidade para as famílias em Irati. “A gente tem aproximadamente 50 famílias atípicas de Irati, mas tem mais pessoas que fazem parte, que são terapeutas, profissionais e empresários, que estão junto conosco nessa causa. E de famílias especificamente, acredito que ainda faltem muitas”, explica Gilvana.
Karina e Gilvana defendem que é necessário apoio para garantir o acesso a tratamentos adequados para as crianças autistas. Karina menciona a proposta da Prefeitura Municipal de Irati de criar uma sala sensorial, que ainda em fase de projeto, como uma iniciativa que poderá beneficiar as famílias.
Tratamento multidisciplinar necessário
A presidente da Irati TEAbraça enfatiza a importância de um tratamento multidisciplinar, que englobe diferentes áreas profissionais, para promover o desenvolvimento das crianças autistas. “Os órgãos que são responsáveis por prestar esse atendimento via SUS, a gente ainda não tem aqui em Irati. E é por isso que temos começado com esse ‘trabalho de formiguinha’, de conscientização, de mostrar para a sociedade, para as nossas famílias, que a gente precisa realmente desse tratamento. O tratamento de qualidade é o que vai dar a qualidade de vida e desenvolvimento para os nossos filhos ou para as pessoas com Transtorno de Espectro Autista”, descreve Karina.
Ela conta que, embora existam alguns serviços disponíveis na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, o suporte oferecido pela instituição é mais direcionado para crianças com nível mais avançado de TEA.
O que significa TEA? - Transtorno do Espectro Autista
Transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.
Quais são os sinais que a pessoa pode apresentar?
- Dificuldades de interação social
- Atraso na fala e dificuldades na comunicação
- Interesses restritos e estereotipados
- Contato visual baixo
- Alteração motora
- Seletividade alimentar
Qual é o tratamento?
São indicadas terapias comportamentais, que tem como objetivo eliminar comportamentos considerados inadequados e a potencialização de comportamentos funcionais, independência e autonomia, trabalhando sobre as dificuldades e favorecendo o ganho de habilidades. Para isso, são necessários profissionais como: fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, entre outras.
Símbolo
O símbolo do autismo representa a diversidade entre as pessoas que estão dentro do espectro autista, com infinitas variações e possibilidades.
Quando nos conscientizamos, as peças se encaixam.
Da Redação/Hoje Centro Sul
Foto 1: Divulgação
Foto 2: Ciro Ivatiuk/Hoje Centro Sul